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CURADORIA

Conheça quem faz parte da curadoria da MIMB 2024:

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Clementino Junior

É doutor e mestre em educação, bacharel em desenho industrial, cineasta, artista visual, curador, parecerista, educador audiovisual e ambiental, pesquisador do GEASur, professor na graduação em design na PUC-Rio e fundador do CAN - Cineclube Atlântico Negro (desde 2008) e CineGEASur (desde 2016) cineclubes com enfoque nas diásporas africanas, direitos humanos e lutas socioambientais.

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Janaína oliveira

É pesquisadora e curadora de cinema. Professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e consultora da JustFilms - Fundação Ford, Janaína é doutora em História e foi Fulbright Visiting Scholar no Centro de Estudos Africanos da Universidade Howard nos EUA. Desde 2009, desenvolve pesquisas  e realiza curadorias em cinema, principalmente com foco em Cinemas Negros e Africanos, trabalhando também como consultora, júri e conferencista em vários festivais de cinema e instituições no Brasil e no exterior. Em 2019 realizou a mostra “Soul in the eye: Zózimo Bulbul's legacy and the Contemporary Black Brazilian Cinema” no IFFR - International Film Festival Rotterdam. Foi também consultora de filmes da África e da diáspora negra para o Festival Internacional de Locarno (2019-2020). Ela é a fundadora do Fórum Itinerante de Cinema Negro (FICINE - www.ficine.org) e foi curadora do Flaherty Film Seminar (Nova York) em 2021 e do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul  (Rio de Janeiro) de 2017 a 2021.  Atualmente, além de participar de outras iniciativas curatoriais, integra o Comitê de Seleção do BlackStar Film Festival, o conselho consultivo do Doc's Kingdom, conselho curatorial do Criterion Channel e realiza pós-doutorado Departamento de Cinema da NYU. Mais informações sobre seu trabalho podem ser encontradas em https://linktr.ee/jana_oliveiraa.

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LOLO ARZIKI

É cineasta, curadora, poeta e performer cujo trabalho reflete sobre a pluralidade das identidades negras, sexualidade e experimentação estética. Como realizadora e performer seus filmes já circulam vários festivais internacionais de cinema tendo sido exibidos também em museus e galerias de arte. Uma artista em trânsito cruza as fronteiras de Cabo Verde, Portugal, Luxemburgo e Brasil para levar sua experiência ao encontro de corpos com vivências semelhantes. Além de artista Lolo é ativista pelos direitos de pessoas LGBTQI+ tendo sido uma das cofundadoras do Instituto da Mulher Negra em Portugal e voz ativa no combate a homofobia em Cabo Verde.

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izabel melo

Izabel de Fátima Cruz Melo, Doutora em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA/USP. É professora do DCH I e do PPGH da UNEB. Foi coordenadora do GT Cultura Visual, Imagens e História da ANPUH-BA (2020-2022).  Integrante dos Grupos de Pesquisa “História e Audiovisual: circularidades e formas de comunicação” (ECA/USP) e “Festivais de cinema e audiovisual – histórias, políticas e práticas” (UFF). É autora dos livros Cinemas, circuitos culturais e espaços formativos: novas sociabilidades e ambiências na Bahia (1968-1978) (BA, EDUNEB,2022) e "Cinema é mais que filme": uma história das Jornadas de Cinema da Bahia (1972-1978). (BA, EDUNEB,2016) e, além de outras publicações em livros, revistas e catálogos. Também colabora com cineclubes, mostras e festivais de cinema, participando de curadorias e júri. Faz parte do  Conselho da Escola Pública de Audiovisual da Vila das Artes.(CE) Atualmente realiza pós -doutorado no PPGMPA - ECA/USP.

Nesta edição, contamos com três mostras convidadas, conheça mais cada uma:

DocA 

O programa com curadoria de Mohamed Saïd Ouma compreende quatro curtas-metragens que abordam o destino das crianças africanas, trazendo desde memórias de perda, trauma e coragem, até a desapropriação e manipulação colonial. Ouma é um cineasta que atualmente ocupa o cargo de diretor executivo do DocA Documentary África, focado na formação de cineastas documentaristas africanos para construírem suas próprias narrativas. Sua jornada inclui desde o cenário do Festival Internacional de Cinema da África e das Ilhas (FIFAI) até sua liderança no DocA. A programação será composta pelos filmes "Sèt Lam", de Vincent Fontano, da ilha da Reunião, "Na Superfície", de Fan Sissoko, do Mali, "Stéro", de Tevin Kimathi e Millan Tarus, do Quênia, e "O Enviado de Deus", de  Amina Abdoulaye Mamani, Niger, Burkina Faso e Rwanda.

 

EGBÉ

A Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba nos convida a refletir sobre o tema "Cinemas em Movimento - Memória nas Telas" a partir de uma curadoria especial para compor a edição 2024. Para essa sessão organizamos filmes dirigidos por mulheres negras, que em diferentes locais da diáspora africana inscrevem memórias que são coletivas e nos ensinam a importância de nos conectar ao passado para entender o presente e construir futuros. Assim, a partir do Cinema Espelho de Everlane Moraes e mulheres cubanas em diferentes tempos em “Aurora” (2019), em “O ano que a onça descansou” (2022) da diretora Yérsia Assis que celebra o centenário Samba de Aboio de raiz Nagô, no interior de Sergipe e ainda em “Ewe de ossayn: O segredo das folhas” (2021) de Pamela Peregrino, reverenciando a espiritualidade afro-brasileira, compreendemos que na prática de seus fazeres cinematográficos, essas diretoras assumem o que bell hooks traduziria como: “olhando e olhando para trás, as mulheres negras nos envolvem em um processo pelo qual vemos a nossa história como contramemória, usando-a como uma maneira de conhecer o presente e inventar o futuro”. 

 

MOSTRA DE CINEMA OUSMANE SEMBENE

A Mostra Ousmane Sembene de Cinema (MOSC), desde a sua primeira edição em 2018 na cidade de São Francisco do Conde, recebeu diversas inscrições de produções audiovisuais realizadas por cineastas negros do Brasil, da América do Sul e África. Com o compromisso de exaltar as cosmovisões e as multiplicidades que definem a comunidade negra, revisitamos o acervo das cinco edições da MOSC para compor a programação da MIMB sob a temática “Cinema em movimento, memórias nas telas”.

A sessão será composta pelos projetos “Bonita”, curta metragem documental de Mariana França, que expõe os relatos de três mulheres negras que se diferem nos aspectos geracionais, mas são unidas por atravessamentos causados pela violência de raça e gênero. “Deus nos acuda” do realizador Pak Ndjamena reflete performaticamente sobre o elo estabelecido entre o tempo, a tradição, a memória, e traz também as possibilidades de cultuar a atemporalidade no corpo. “Voyá” de Fanny Oliveira expressa afetividade ao falar de perda como processo de reverência do legado de um ancestral, destacando a eternização de uma ente querida através dos orixás.


“Nós precisamos compreender nossas tradições antes que possamos
esperar compreender a nós mesmos”

Ousmane Sembène

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